segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A paz está de volta ao Ba-Vi (CAMILA SANTOS)

Camila Santos Ferreira da Silva - T 1.1









O limite de 10% de carga de ingressos para o time visitante nos clássicos Ba-Vi tem ajudado a evitar a violência, mas não  é só esta medida de segurança pública que vem afastando as brigas das arquibancadas nos clássicos baianos. O comportamento dos torcedores tem sinalizado mudanças positivas em relação ao estado de guerra que viviam as torcidas organizadas Bamor e Imbatíveis.
Esta esperança em um  Ba- Vi melhor pode ser compartilhada no primeiro clássico do ano, realizado dia 23 de fevereiro. Válido pelo campeonato baiano, o jogo foi marcado por chuva, euforia e muita tranquilidade. Tranquilidade?  Sim. Nenhuma ocorrência mais grave preocupou os responsáveis pelo policiamento.
No Estádio Roberto Santos, mais conhecido como Pituaçu, às 14 horas já era possível observar uma grande movimentação de seguranças e torcedores principalmente do time  mandante (Vitória).
Idenilson França, 43 anos, mais conhecido como Sinho do Vitória, estava mais uma vez animado para o início do jogo e elogiou os torcedores em geral, ‘A segurança melhorou um bocado.’ disse o rapaz, ‘Se você observar torcedores do Bahia e Vitória brincam, se divertem juntos, não é como a torcida de outros Estados que são bem violentas.
Como exemplo positivo, França citou o caso de uma torcedora do Vitória. Ela entrou, por engano, na área reservada aos tricolores e, além de não ser agredida, foi acolhida pelos rivais e nem precisou fugir para uma zona rubro-negra.
Amigos, casais, familiares torcedores de times diferentes, compartilhavam a magia do futebol independentemente de qualquer outro fator.
Fantasiados, os torcedores procuravam curtir com o rival, destilando o ódio mútuo nas já conhecidas gozações de 'vicetória' e 'sardinha', respectivamente os apelidos de Vitória e Bahia, em um olhar depreciativo.  Entre as raras ocorrências, dois torcedores rubro-negros foram flagrados por tentativa de roubo.
Antes mesmo de o jogo começar, as duas torcidas mostravam-se animadas e ansiosas. Na semana de comemoração dos 25 anos do bicampeonato brasileiro, a torcida tricolor ecoava em alto e bom som um grito de puro orgulho: ´59 é nosso, 88 também’, em alusão às duas conquistas do título de campeão brasileiro. Mas aos 31 minutos do primeiro tempo, Juan coloca a bola na rede para tristeza dos tricolores e explosão dos rubro-negros. No segundo tempo, Fahel marca para o tricolor e iguala a felicidade de ambas as partes em Pituaçu.
Até no placar, o Ba-Vi revelou-se pacífico, pois o empate não permitiu gozações.


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